Amy Winehouse é daquele tipo de artista que teve ascensão meteórica. A queda da britânca também parece ser ainda mais astronômica e rápida. E não por conta da perda de talento. Nos últimos dois anos, não era de música que se falava quando o nome dela era citado. Mas de seus sérios problemas de relacionamento, consumo (mega) de álcool e drogas etc. Mesmo agora, que ela parece estar saindo do buraco, os primeiros passos não tem sido promissores.
Com seu terceiro disco prestes a sair, Amy voltou à estrada no início do ano e veio cantar para os brasileiros, com ingressos entre 180 a 700 reais. Já foram dois shows por aqui: em Floripa e no Rio. Somando o tempo em que seus vocais foram ouvidos não dá para tirar 1h de música.
Será que caberia PROCON?
Para se comprar qualquer ingresso hoje em dia – ainda mais de estrelas internacionais – se desembolsa uma grana legal (a não ser que você seja milionário).
Uma amiga minha comprou um ingresso para a pista, a 200 reais. Com taxa de conveniência, mais entrega, 250 reais. Some isso aos gastos com gasolina, estacionamento e algum drinque e lanche, o passeio não sai por menos 400 reais.
Duas facetas para o caso Amy:
(1) "Comprei o ingresso. Sou fã. Sei tudo o que tem acontecido na carreira e vida de Amy. Pode ser que ela não consiga mais voltar aos palcos, por conta da Vida Bandida que ela leva. Tudo vale a pena".
(2) "Juntei uma grana boa para ver a Amy. Agora sim, ela se recuperou dos problemas e vai fazer um show inesquecível no Brasil! Quando sai o terceiro CD?"
Colocando na balança, o primeiro fã que foi a qualquer um dos shows estava lá ciente de que até uma bomba poderia explodir no palco. Curtiu pra caramba as aberturas com Mayer Hawthorne e Janelle Moané e foi ao delírio com cerca de 40 minutinhos de Amy. Pensou ela: "Amy sobreviveu!".
Já o segundo, pode ter ido às lágrimas de decepção. Por ser um fã cego e crente, economizou tudo para ir de pista Premium (500 reais), voltou de transporte público (quem sabe?) e nem ligou se os shows de abertura foram mais consistentes que os ralos 40 minutos de "Back To Black", "Rehab" etc. Este fã queria mesmo é ouvir no mínimo 1h30 de seu controverso ídolo brit"ânico. Afinal, não é toda hora que o seu artista preferido vem para cá...
Se conselho fosse vital, ele valeria mais que os ingressos de artistas como a Amy Winehouse. Mas, no meu caso, eu tentaria reaver o dinheiro. Além de gastar para comprar algo material, como um ingresso, o fã que vai assistir a uma apresentação vendida com tanta pompa mereceria pelo menos metade do que investiu. Esta pessoa não foi atrás de algo que se toca, mas de um sonho particular. Desculpe o clichê, mas não tem preço.
****
Setlist de Amy Winehouse em Florianópolis 9/1/2011
Just Friends
Back to Black
Tears Dry on their Own
Boulevard of Broken Dreams
Outside Looking In
Lovers Never Say Goodbye (sem Winehouse)
I Heard Love is Blind
Love is a Losing Game
Some Unholy War
Everybody Here Wants You (sem Winehouse)
What a Man 'to Do (sem Winehouse)
Rehab
You Know I’m no Good
Me and Mr Jones
You’re Wondering Now
Valerie
Setlist de Amy Winehouse no Rio de Janeiro
Just Friends
Back to Black
Tears Dry On Their Own
Boulevard of Broken Dreams
Outside Looking In
Lovers Never Say Goodbye
I Heard Love Is Blind
Some Unholy War
What a Man' To Do? (sem Amy)
Rehab
You Know I'm No Good
Valerie
Love Is a Losing Game
Me & Mr. Jones
You're Wondering Now
0 comentários:
Postar um comentário