Era uma vez, numa galáxia muito, muito distante, quando nem se sonhava em mp3, os álbuns tinham tanta importância para o artista, que até os títulos dos mesmos geravam uma certa polêmica. Não digo polêmica das ruins. Mas conversa de pub bacana de se levar.
Nos anos 60 e 70, olha só: comprar um disco sem ter a própria faixa-título não era fato raro.
Vamos lá, pegando exemplos dos gigantes do pop e do rock.
Waiting For The Sun foi chegou às lojas em 11 de julho de 1968, e parecia ser o título ideal para um discaço que chegava às lojas no pico do verão norte-americano.
Ai vai: "Hello, I Love You" - single super-verão e até light para os Doors. OK. Faixa 2: "Love Street". Outra música que tocou bastante nas rádios, e um destaque da cinebiografia de Oliver Stone (1991). Ai vamos...faixas 3, 4, 5...Música número 6, "Unknown Soldier" é a que fecha o lado 1. Nada. O mesmo acontece no lado 2. "Waiting For The Sun" não só ficou de fora do LP, mas levou quase dois anos para aparecer, em Morrison Hotel, de fevereiro/1970.
Ai vamos, outro caso semelhante, em discografia de banda boa demais. Houses Of The Holy chegou às mãos dos fãs europeus/americanos no final de março de 1973. Este LP, com capa surreal em tons alaranjados, foi o quinto produzido pelo Led Zeppelin, e trouxe petardos como "The Song Remains The Same" e "Over The Hills and Far Away". Sem falar de "Dancing Days", "D'yer Maker" e uma favorita da casa "No Quarter". E ai, mas cadê a faixa-título? Bem, embora tenham curtido tanto o nome, a música só ficou priontinha mesmo nas sessões do duplo Physical Graffiti, comercializado dois anos mais tarde.
Outros casos interessantes, ficam para "Cucumber Castle", incluída no LP Bee Gees 1st (faixa 2, lado 2) de 1967. O estranho aqui é que a música foi resgatada para ser o título do quinto disco, lançado em abril de 1970.
Já o Queen, colocou no mercado seu quarto álbum Sheer Heart Attack em novembro de 1974, mas a música mesmo só ganharia seu espaço no vinil no sexto disco News Of The World. Nas praças, em outubro de 1977!
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