quarta-feira, julho 13, 2011

Rock Brazuca: descanse em paz





Em 1995, Lenny Kravitz cantou "rock and roll is dead". Prince, ligeiro, respondeu: "rock and roll is alive and it lives in Minneapolis". Gostaria muito de dizer o mesmo. "Rock and roll está vivo, e mora em São Paulo. Ou em Brasília". Mas eu estaria mentindo.


Pode me chamar de retrô, mas não tenho fé no rock BR. 
Não cito nenhuma banda que bancaria os nossos belos dinos Legião Urbana, Barão Vermelho, Lobão, Engenheiros ou - exagerando - Mutantes (a mãe das bandas verde-amarelas, mais respeitada em Londres do que aqui).  


Esta era roqueira já se foi, e e está bem enterrada.


Não vou falar de rock. Pronto.


Pergunto: Por que ele morreu? Porque tudo o que se para de alimentar, morre. É orgânico.


Emissoras de TV são as mais culpadas.


Faustão, por exemplo, certo dia brigou com a produção porque o Calypso (sim, tenho tudo contra) não havia tocado lá, sendo que a dupla de gosto musical duvidoso já era estourada lá fora.


Não sou fã de Lulu Santos como pessoa, mais ele foi um dos maiores hitmakers do pop rock. Certa vez, já com grande fama, ele foi limado pelo mesmo Fausto Silva enquanto tocava uma de suas canções. Causou revolta, justificada, ao músico.


Em contrapartida, o mesmo programa (sem perseguição - cito a Globo porque ela dita as modas no país) não se cansa de prolongar o horário de Luans Santanas, Claudias Leites, Exaltasambas e Leonardos da vida.
Trata-se de um preconceito. E não de minha parte.


O rock morreu há muitos anos no Brasil.


E eu, que odiava Mamonas Assassinas, sou obrigado a dizer que o rock BR morreu com eles em 1996. Era palhaçada pura, mas tinha guitarra elétrica ligada no 11.


É o velho ditado: era feliz e não tinha noção.


E viva o rock and roll! Ele ainda sobrevive na gringolândia (que é bem melhor que aqui).