Rock In Rio #3: Só o Metallica interessa

Nem adianta disfarçar. A noite do metal no domingo do Rock In Rio só teve uma atração interessante: o Metallica. A minha história com a banda é bem legal. Em 1991, estudava no Colégio SAA, aqui em São Paulo, e um amigo – o Sandro Garcia – tinha todos os álbuns. E eram todos LPs, bolachões mesmo.  Antes dessa época, tinha preconceito. Mas a partir da descoberta de trabalhos como Master Of Puppets e Ride The Lightining, aprendi a ter gosto pelo peso.

Melhor que isso: em 1991, o Metallica lançou o seu álbum mais popular. E ele continua sendo o mais acessível até os dias atuais, com diversos singles que tocavam em emissoras que antes nunca ligavam para o rock (muito menos para o heavy), como “Enter Sandman”, “Nothing Else Matters” e “Sad But True”.  Singles embalaram uma geração bem roqueira, e que – graças aos deuses do rock – foram apresentados no Rio de Janeiro, no último final de semana, no Palco Mundo. Foi uma viagem no tempo em que o assunto era música. Era rock mesmo, sem perfumaria.

A noite do metal teve também Motorhead, que levou a galera à loucura com a voz soturna e cavernosa do Lemmy. Muita dignidade, sim, ainda que não seja a minha praia. Muito menos o que fizeram a Emo-heavy Gloria, o Coheed Cambria, e os mascarados do Slipknot.

Bem que o Iron e o tio Ozzy poderiam ter preenchido estas vagas metaleiras com mais qualidade.

Setlist do Metallica (com destaques em bold)

The Ecstasy of Gold

(Ennio Morricone song)

Creeping Death

For Whom the Bell Tolls

Fuel

Ride the Lightning

Fade to Black

Cyanide

All Nightmare Long

Sad But True

Welcome Home (Sanitarium)

Orion

One

Master of Puppets

Blackened

Nothing Else Matters

Enter Sandman

Encore:

Am I Evil?

(Diamond Head cover)

Whiplash

Seek & Destroy

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