segunda-feira, outubro 03, 2011

Rock In Rio #7: "The End" e o reality show de Axl





And in the end...

Não, nada a ver. Isso foi escrito por uma certa dupla de Liverpool. E o fim do Rock In Rio 2011 não foi tão romântico como a música dos Beatles, embora tenha agradado à maioria de quem foi, viu, ouviu e dançou.

Começo a falar sobre a noite 7 do R.I.R lembrando do show do Guns 'n' Roses que marquei presença, em dezembro de 1992. Axl estava no auge de sua rebeldia e capacidade de performance. Até atirou cadeiras na imprensa, do prédio em que se hospedou em São Paulo...radical e selvagem.

De volta pro futuro, Axl Rose esteve ontem à noite (hoje de madrugada) no Palco Mundo, e muita coisa mudou além de sua forma física e voz. Os vocais em músicas como "Live and Let Die" e "Mr. Brownstone", por exemplo, escancaram esta metamorfose. O comportamento, até que sossegou. Mas a apresentação que encerrou o Rock In Rio foi marcada por um tragicômico reality show. De pausas para ir ao banheiro e tomada de fôlego, além do atraso de 100 minutos que obrigou público, imprensa e organização ficar no ar até depois das 4 horas da segunda-feira.

O lado positivo da noite - que ainda teve trágico System Of A Down e a competente (porém chata) Evanescence, foi que Axl não fingiu ser outra pessoa, e deu dignidade ao seu status no século 21. A nova fase que iniciou após o lançamento do mais recente disco Chinese Democracy (2008) após 12 anos, até - ainda que nada pontual - à atitude de cumprir o contato firmado com a familia Medina para tocar no Rock In Rio.

Sinceramente, quem teria de fechar o Rock In Rio seria o Coldplay, que deixou a Cidade do Rock extasiada do sábado para o domingo. Apesar disso, Axl foi apenas Axl, e os fãs do Guns 'n' Roses parecem não querer nem saber que ele não é mais o mesmo rock star de dezembro de 1992.

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