Evitei falar do gran finale da sexta noite do Rock In Rio logo após seu encerramento para não cometer exageros. Quase 24 horas depois, não mudei de ideia: Coldplay fez a grande performance até agora do festival.
Usei este termo no Facebook, quando a banda ainda terminava os acordes de "Every Teardrop Is A Waterfall", do ainda inédito Mylo Xyloto (chega às lojas no final do mês). O Coldplay subiu no palco como um time entra em campo para decidir um título. E no final dos 90 minutos (quase a mesma duração do show) eles venceram.
Mais do que apresentar um carrossel de hits, os ingleses tocaram suas 18 faixas com as veias saltando do pescoço. Garra. Um pouco de demagogia aqui e acolá, com direito a spray escrevendo Rio (com um coração substituindo a letra "o"), um tombinho ali. Coisas típicas de um m megashow. Mas esta atitude de Chris Martin não comprometeu o produto final. Melhor: ajudou a banda a conduzir a galera, que cantou forte junto até as mais novas, como a excelente valsa irlandesa "Us Against The World".
A munição de hits não soou datada. O clássico "The Scientist" parecia "Let It Be". A arrepiante "Fix You", idem. E a power ballad "In My Place" arrepiou. Como se vê, fica difícil escolher o melhor momento.
Como falei sobre a noite anterior. Lenny Kravitz fez um show redondo. O Coldplay trouxe aquele "algo mais" que a gente esperava no festival.
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