Na tarde de ontem, a organização da quarta edição brasileira do Rock In Rio anunciou os nomes de Rihanna, Katy Perry, Elton John e er...Claudia Leitte para a noite de abertura do festival, que acontece dia 23 de janeiro...ooops DE SETEMBRO. Aliás, setembro e outubro nada tem a ver também com Rock In Rio.
Não sou contra a diversidade de estilos musicais, mas acho que, quando se pretende revigorar o Rock In Rio no país – de onde o festival partiu e nunca mais retornou em 2001 – estes nomes comprometem, pelo menos, o nome da marca.
Vale relembrar algumas dessas gafes através dos tempos... Em 1985, muita gente chiou quando Roberto Medina misturou uma galera brasileira com nomes como Queen, Iron Maiden e AC/DC na primeira edição do evento. Por exemplo, há 26 anos, o time nacional contava com Moraes Moreira, Ivan Lins, Ney Matogrosso e Elba Ramalho. Rock? Distante disso. Só que comparado ao poder de fogo de divas do axé, como Leitte e associados os artistas mencionados acima parecem até deuses do metal.
E não, os astros internacionais não escapam desta lista. A diva teen Katy Perry causa calafrios para quem ainda tem fé nos discípulos do rock. Nada a ver, e não me venham com “proposta comercial”. AC/DC faz rock puro e continua a atrair multidões e a vender discos. Aliás, o hard rock/metal tem um público fiel, que não gosta de Mp3.
Nos anos que antecederam a volta do Rock In Rio ao Rio propriamente dito, olha só o que abrilhantou o evento roqueiro: Daniela Mercury, Ivete Sangallo (por quatro vezes!), Alicia Keys, Britney Spears e muitos outros.
Repetir a frase “via a democracia” não custa nada. Mas...por que não reunir essa galera toda num Teen/World Music Fest ou seja lá qual for o nome desse animal. Sei que o rock and roll tem apanhado feio nos últimos tempos....por isso mesmo que cuidar um pouquinho de sua integridade num festival que leva o seu nome não seria exagero.
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