quinta-feira, julho 12, 2012

Dia Mundial do Rock: celebrar ou chorar por ele?








Não se trata de saudosismo. Mas de encarar a realidade.

O Rock não morreu (e ele vive me Minneapolis, como diria Prince).
Talvez, nunca morra mesmo.


Depois da Internet, o rock and roll ganhou seu refúgio mais seguro, longe das modinhas e de programas de TV assassinos.

Mesmo assim, a pergunta é sincera e necessária: Hoje é dia de comemorar ou chorar?


Na nossa terra natal, ele já virou chacota da grande mídia.

Jota Quest é chamado ou já chamou sua música como rock. E deram culpa disso às guitarras.

Falar de rock abertamente no Brasil é coisa de quem tem mais de 30 anos, no mínimo.

É só ver as atrações do último Rock In Rio (BR), que a realidade vem à tona, e de forma impiedosa.


Ivete Sangalo, Claudia Leitte...e a homenagem sinistra feita ao Queen, na voz trêmula de Milton Nascimento. Não creio.

Rock no Brasil é assunto para maior de 18 anos, vem com tarja preta. Vira quase pornografia, quando consideramos “Ai se Eu te Pego” música ou forma de expressão.

Conversar sobre rock numa rodinha gera desconfianças. “Lá vem o nerd”. E pensar que chamavam os anos 80 de perdidos.

Quando você ia a uma loja de discos, o atendente batia um papo com você sobre o artista. De Hendrix a Kiss, de Smiths a Metallica.

Hoje você pede por um CD e ele olha para você como se você falasse Javanes. “Quem é esse tal Springst”  (sic).

Por falar em CD, você parece estar carregando drogas pesadas, caso saia de uma loja com eles. “Você compra CD? “  “E de Rock?” Pfffffffffffffffffffffff.....

Claro que, pra quem nunca abandonou o bom e velho rock and roll, hoje é dia de se festejar. Ainda que seja apenas nos fones de ouvidos.

Três acordes e uma só verdade. Não existe meio termo quando se fala de rock. É paixão elétrica que faz milagres.

0 comentários: